São duas rosas unidas,
São duas flores nascidas
Talvez no mesmo arrebol.
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.
Vivendo... bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho no céu.
Como um casal de rolinhas
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.
Vivendo, bem como os prantos
Que em parelhas descem tantos
Das profundezas do olhar.
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.
Vivendo... ai, quem pudera,
Numa eterna primavera,
Viver qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
2 comentários:
"Eterno Castro Alves."
Nada melhor, depois de uma segunda-feira que me sacudiu, informado-me que estou BEM VIVA, é maravilhoso recompor energias lendo esta poesia de Castro Alves. Sauviza nossa alma. Tranquiliza nosso ser. Nos mostra o belo que não foi possível vê, por causa desta vida agitada. Ah, "Eterno Castro Alves"...
Divina
Que DIVINA MENSAGEM! Obrigada!
Bjsssssss
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