segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eterno Castro Alves...


As Duas Rosas


São duas rosas unidas,

São duas flores nascidas

Talvez no mesmo arrebol.

Vivendo no mesmo galho,

Da mesma gota de orvalho,

Do mesmo raio de sol.

Vivendo... bem como as penas

Das duas asas pequenas

De um passarinho no céu.

Como um casal de rolinhas

Como a tribo de andorinhas

Da tarde no frouxo véu.

Vivendo, bem como os prantos

Que em parelhas descem tantos

Das profundezas do olhar.

Como o suspiro e o desgosto,

Como as covinhas do rosto,

Como as estrelas do mar.

Vivendo... ai, quem pudera,

Numa eterna primavera,

Viver qual vive esta flor.

Juntar as rosas da vida

Na rama verde e florida,

Na verde rama do amor!

2 comentários:

Anônimo disse...

"Eterno Castro Alves."
Nada melhor, depois de uma segunda-feira que me sacudiu, informado-me que estou BEM VIVA, é maravilhoso recompor energias lendo esta poesia de Castro Alves. Sauviza nossa alma. Tranquiliza nosso ser. Nos mostra o belo que não foi possível vê, por causa desta vida agitada. Ah, "Eterno Castro Alves"...
Divina

W disse...

Que DIVINA MENSAGEM! Obrigada!
Bjsssssss